
SÃO FRANCISCO - Uma pequena empresa do Vale do Silício está lançando uma versão de teste de seu novo programa de buscas que, segundo ela, dispõe do principal ingrediente que falta ao Google: um toque humano. Para os criadores do Blekko, a web está cada vez mais saturada de sites de spam criados para aparecer no Google, mas cujo conteúdo traz muito mais marketing do que informação.
A solução, afirma Rick Skrenta, presidente-executivo da Blekko, é limitar as buscas a grupos de sites que pessoas, e não computadores, tenham aprovado previamente como sendo as melhores fontes de informação sobre tópicos específicos.
Greg Sterling, consultor de internet e um dos colaboradores do blog Search Engine Land, não acredita que o Blekko substitua o Google, mas afirmou que a empresa desenvolveu uma abordagem criativa que pode se tornar popular como serviço secundário de busca, para determinadas questões.
O Blekko está sendo lançado com um diretório especial de websites com resultados sem spam em sete categorias: saúde, receitas, letras de música, hotéis, automóveis, escolas e finanças pessoais. O site também permite a criação de categorias pessoais de qualquer tema, de modo que a ferramenta busque apenas em fontes que o usuário considera relevantes ou confiáveis. O foco em qualidade e não quantidade tem apelo, diz Sterling:
- Não importa se existem 30 milhões ou 40 milhões de resultados, o que as pessoas querem é "me dê a informação que preciso de forma eficiente sem que eu tenha de navegar por todo esse nonsense' - afirma.
A Blekko obteve US$ 24 milhões para desenvolver seu produto nos últimos três anos, sendo que os investidores iniciais incluem Mark Andreessen, criador do primeiro navegador para a Web, e Ron Conway, que investiu em empresas de tecnologia como Twitter, Foursquare e até mesmo o Google.
Há anos, os algoritmos desenvolvidos por engenheiros do Google e da Microsoft vêm sendo considerados como forma ideal para localizar informações em meio aos dados disponíveis online, o Blekko se une à extensa lista de serviços de busca que tentaram superar o modelo de negócios do Google, quase sempre com resultados abaixo do esperado.
O Cuil, serviço de busca lançado por ex-funcionários do Google em 2008, fechou as portas discretamente em setembro; o Powerset, serviço de buscas que permitia aos usuários fazer perguntas diretas em inglês, foi adquirido pela Microsoft em 2008.
Fonte: O Globo, publicado em 01/11/2010.
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